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25 de janeiro de 2011

FSB | Tribuna de Minas | Opinião | MG | 25 de janeiro de 2011

Se dependesse apenas de compromisso, o Brasil já poderia ter tido um sem-número de reformas políticas, mas a história já mostrou que tirá-las do papel não é tão simples assim. No entanto, pode ser que as coisas sejam um pouco diferentes em 2011. Afinal, depois de ser apontada como prioridade na agenda da presidente Dilma Rousseff (PT), logo em seu discurso de posse, a reforma política foi considerada tema prioritário de votação no primeiro semestre por 66% dos 307 deputados e de 33 senadores que responderão pelo Congresso até 2014. Isso, pelo menos, foi o que mostrou a pesquisa espontânea do Instituto FSB divulgada pelo Diap e pelo Congresso em Foco na última semana. Na mostra estimulada, o assunto passou a ser o primeiro tópico da agenda de 87% dos parlamentares, seguida pelas reformas tributária e fiscal, com 78%. O problema, porém, nasce quando se começa a comparar os pontos pensados pelo Legislativo com aqueles defendidos pela sociedade.

Será?

Há que se pagar para ver, por exemplo, se os congressistas vão defender mudanças como aquelas reivindicadas pelo Movimento Pró-Moralização do Poder Legislativo (MPMPL) em manifesto virtual divulgado ontem. Além de itens já comuns nas discussões, como o voto distrital e o financiamento público de campanha, a entidade prega também a redução do mandato de senadores, congelamento dos salários parlamentares e diminuição dos cargos de confiança nas casas legislativas.

Malas prontas

A cerimônia de posse na ALMG, exatamente daqui a uma semana, começará às 14h. Por Juiz de Fora, o único estreante eleito na Casa, o deputado estadual eleito Bruno Siqueira (PMDB), começou a montagem de gabinete na semana passada. De volta à cidade, onde foi vereador por três legislaturas, Bruno só volta para a capital com as malas prontas na terça-feira, dia 1º, quando assume a cadeira. No mesmo dia, já participa da eleição da Mesa Diretora.

Dúvida

Quem deverá assumir as vagas abertas nas casas legislativas em fevereiro: os suplentes das coligações ou do partido do titular? A uma semana da posse no Congresso e nas assembleias, ainda permanece a dúvida de quem preencherá o posto do parlamentar que tiver se licenciado ou renunciado. Para se ter uma ideia da confusão, a Câmara dos Deputados convocou os suplementes das coligações, já a Assembleia mineira, os suplentes do partido.

Imbróglio

Em Juiz de Fora, esse imbróglio só deve bater à porta da Câmara depois do Carnaval. A esperada ida do vereador Rodrigo Mattos (PSDB) para a Assembleia – depois que o deputado estadual Mauri Torres (PSDB) deixar o Legislativo para assumir uma cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE)- abrirá uma vaga no Barbosa Lima. De um lado, seguindo a regra da coligação, o posto fica com o ex-vereador Romilton Faria (DEM). De outro, com base na liminar do STF, assume Silvana Loures, que é a primeira na lista dos tucanos.