Twitter requer especialista para gerar resultado

5 de janeiro de 2011

FSB | Brasil Economico – Online | Comunicação | BR | 05 de janeiro de 2011

Tendência na comunicação corporativa, o Twitter pode se tornar uma dor de cabeça para empresas se não for administrado corretamente. E não há um manual sobre como tirar o melhor proveito da ferramenta.

Diante disso, surgiram novos profissionais no mercado, especializados em mídias sociais, que auxiliam as companhias a usarem a ferramenta de acordo com a necessidade de cada uma. “É importante que tenha uma pessoa dedicada à geração de conteúdo”, afirma André Telles, CEO da agência Mentes Digitais e autor de livros sobre marketing digital e Orkut.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc), 65% das empresas já estão presentes nas redes sociais, mas apenas 7% delas acreditam que seu uso é imprescindível. Com essa “despreocupação” com o perfil no Twitter, as empresas acabam deixando a administração da conta sob a responsabilidade de um funcionário sem experiência na área e que já executa outras atividades na empresa.

“Se for para entrar de qualquer maneira no Twitter só porque todo mundo está usando é melhor não entrar. Senão pode acontecer de a empresa só incomodar o usuário ou até mesmo abandonar o perfil, o que é pior ainda”, pondera Telles.

Apesar disso, estar ou não na internet não é mais uma opção das empresas. Essa é a opinião de Risoletta Miranda, diretora executiva da FSB Digital. Ela explica que um cliente, um consumidor ou até mesmo um concorrente que já posicionou sua marca na internet pode comentar sobre sua empresa. “Essas pessoas repetirão o posicionamento delas até que isso se torne uma verdade, o que pode ser um problema”, explica Miranda.

A especialista explica que contar com a atuação de profissionais especializados ajuda a empresa a alcançar seus objetivos, na manutenção de sua credibilidade – já que corre menos riscos de ter sua imagem manchada por algum “tuíte” ou conduta na rede social – e na mensuração de resultados, que é diferente da comunicação “tradicional”. “Mil seguidores não são mil pessoas vendo o seu comercial”, exemplifica Miranda.

Sem erro
O custo de ter profissionais cuidando da imagem de uma empresa no Twitter pode variar muito de acordo com os serviços solicitados e com a empresa contratada. Para as companhias que ainda não possuem esse tipo de serviço à sua disposição, Risoletta Miranda e André Telles dão algumas dicas.

Miranda explica que é essencial definir uma política de uso das redes sociais, delimitando as regras para o diálogo com os seguidores e os critérios para responder às solicitações (imediatamente ou com horário definido para esse tipo de atendimento, se em primeira ou terceira pessoa), por exemplo. A linguagem usada – coloquial ou formal – deve estar de acordo com a utilizada pela empresa em outros meios de comunicação.

Também é preciso definir a equipe responsável por atualizar o perfil e monitorar o que é dito sobre a companhia no Twitter. “Monitore com uma ponta importante de neurose, porque é rede, funciona 24 horas, as pessoas postam até de madrugada e para isso você precisa de sistemas para saber o que que estão falando de positivo e negativo”, afirma Miranda.

O texto da “bio” (descrição do perfil) também merece atenção especial. “É importante usar palavras chaves porque na busca pela empresa, que pode ser mais facilmente encontrada na rede social”, explica Telles.

Telles ainda afirma que é importante que o perfil aborde temas do interesse em que a companhia atua. “A empresa não deve falar apenas dela mesma, parece aquele amigo chato que só fala dele mesmo”. Além disso, é preciso interagir com os seguidores, seja respondendo seus questionamentos ou até mesmo propondo discussões.

A principal preocupação deve ser com o conteúdo dos “tuítes”. “Na internet mesmo que você delete alguém já tirou ‘print screen’ então tem que ter um cuidado muito grande com o que vai ser postado”, explica Telles.